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PARTE II:
Mesmo estando de dia, coloquei o casaco com capuz e fui cuidar do meu jardim, limpando as folhas caídas da fonte, tirando duas tulipas meio secas e uma margarida morta. O sol brilhava alto no céu. Minha pele pingava de suor por baixo das roupas de inverno. Meu pinheiro estava quase na altura da minha cintura.
Passei à tarde no jardim, suando. Depois arrumei a estufa e liguei para que trouxessem material para que eu arrumasse a vidraça quebrada.
Daria um tempo á Tyler.
Mas estava sendo tão difícil... Ele estava tão perto, o tempo passando tão rápido...
Abaixei os olhos para a rosa em meu pulso, algumas pétalas faltando, aquelas que já haviam caído e representavam os sete meses que se passaram.
Algumas vezes durante o dia eu me vi passando na frente da porta fechado do quarto de Tyler e suspirando.
Eu sei que ele sairia um dia, mas e se esse dia chegasse tarde demais?
Naquela noite, ao deitar a cabeça na cama a senti pesada e não consegui dormir. Eu não conseguiria fazê-lo sair de lá de dentro nunca.
Não era o que eu esperava. Ele com certeza me odiava por tê-lo prendido aqui.
Isso não funcionaria.
Nem para comer ele tinha saído. Enquanto eu jantava com Maria e Noel, ele jantava no quarto.
E ele me odiava.
Como eu queria que ele me amasse?
Isso nunca funcionaria.
2 comentários:
Paciência, Valerie, Paciência...
kkkk se fosse eu não ia ter paciencia não! Sou mto apressada q nem a Valy
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