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Capítulo 2
(Tyler)
Me perguntei pela décima – talvez milésima – vez o que diabos eu estava fazendo no Baile Anual de Inverno. Observei Valerie Cudmont receber a coroa e sorrir, ao lado do idiota do Honor Creig – que no momento em que eu olhei para ele lá de baixo colocou a mão na bunda da garota como se ninguém tivesse visto. Não entendo como ela pode se deixar tratar assim... Como uma vagabunda.
Virei-me e fui pegar uma bebida, ainda perguntando por que eu estava ali.
Talvez fosse o fato de que minha mãe era uma drogada que se metia em muitas confusões com homens – se é que me entende – e eu sempre tinha que arrastar ela para casa e isso era um saco.
Todo dia desde meus 10 anos quando meu pai se mandou com a secretária do escritório de advocacia dele. Ela simplesmente se perdeu.
Talvez – com certeza, na verdade – eu estava cansado de livrar minha mãe dos problemas dela e queria me divertir um pouco.
Voltei para perto do palco improvisado no ginásio a tempo de ver Valerie humilhando Trace Trumn, na frente de toda a escola.
Havia algo nela. – em Valerie, quero dizer. – Algo por trás da pele clara perfeita, do cabelo cor de ébano sempre brilhoso e no lugar, algo por trás do vestido curto prata que definia cada maravilhosa curva do seu corpo. Até mesmo algo por trás da futilidade que era a sua vida, do modo como ela se divertia: esnobando e humilhando pessoas menos bonitas, nerds, ou qualquer um que não estivesse caindo aos seus pés ou morrendo de inveja dela. Algo bom.
Certo, era a história padrão. O nerd esquisito se apaixona pela garota popular.
Em meus devaneios, quase não vi Valerie se abaixando e tirando a minha bebida das minhas mãos. Ela franziu o cenho ao me ver, o que para mim já era um grande avanço, dado ao fato de que ela nunca se deu ao trabalho nem de me olhar.
Quando Valerie me olhou, lembrei-me de quando era menor e era chamado de gay somente por me preocupar com meus estudos e ser romântico.
– Você não ama verde? – Valerie continuou com seu show. Acho que ela não deveria se meter com Trace, já que todo mundo diz que ela é uma bruxa. Bruxa de verdade. – Que tal um pouco na sua peruca barata e na sua maquiagem? – então vi meu destilado ser virado pelas mãos de uma sorridente Valerie na pobre Trace.
Qualquer outra garota teria chorado, mas Trace chegou a sorrir um pouco, como se não esperasse menos e sussurrou algo que não entendi.
Já passava da meia noite quando me dei por vencido e voltei para casa.
– Mãe? – abri a porta, mal entrando e já sentindo cheiro de cigarro. – Mãe?
Em cima da mesa da cozinha, um papel amassado que cheirava a maconha.
Tyler, fui resolver o problema do dinheiro com Jeff.
Respirei fundo.
– Droga, mãe!
Chutei uma cadeira e me movi para fora do apartamento de novo.
Minha mãe não tinha o dinheiro para pagar a Jeff – seu mais novo bandido namorado. –, que ela usara para comprar mais e mais drogas.
Então como ela pretendia resolver isso?
– Droga! – repeti, batendo a porta com força.
4 comentários:
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Posta logoo!! Posta logoo!
Amei o capítulo 2 mas tô curiosaa!!
Vai logo!
Vou morrer aki!
Amanhã tem mais!!
"droga mãe!"... Agora se transforme num lobo!
kkkkkkkkkkkkkk! Agora se transforme num lobo foi demais.
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