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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Monster - Capítulo 1 parte I

EBAAA! Finalmente! Dividi o capítulo em dois porque vai ficar muito grande e eu ainda não digitei tudo. Boa leitura e não esqueçam de comentar! Amanhã a parte II.
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Capítulo 1

– Valerie! Valerie, uma pose para a foto! – alguém gritou, saindo do meio da multidão com uma câmera fotográfica profissional e lançando um flash escandaloso no meu rosto.
– Seu flash me cegou, idiota! – berrei, empurrando o fotógrafo desconhecido com a ponta dos dedos para longe de mim.
Estávamos no ginásio da porcaria de escola paga que minha mãe tinha me matriculado, os flashes apontados no rosto de Honor e da rainha do baile: eu – é lógico.
Passei a mão pelos meus cabelos negros descendo em camadas perfeitas até os ombros, sentindo a textura perfeita. Virei ligeiramente o corpo de lado, encostando-me mais em Honor para mais fotos. Ele sorriu, sua mão escorregando para baixo da minha cintura.
“Minha casa está vazia hoje...” – ele gesticulou, sorrindo.
Para outra pose, abracei meu namorado e escorreguei minha mão pelo seu peito, sentindo os músculos por baixo da camisa. Honor era alto, loiro de olhos azuis, bronzeado e gostoso, devido á horas na sua sala de ginástica no maravilhoso apartamento na Five Street com vista ampla para a Broadway. Honor era o capitão do time de futebol e agora rei – pelo segundo ano consecutivo – do Baile Anual de Inverno da Portle High School. Ele era perfeito. Mas é claro que eu não aceitaria nada menos que isso.
– Discurso! Discurso! Discurso! – garotos e garotas, pebléias e pebleus que me idolatravam pediram animadamente.
Dei alguns passos até o microfone, sorrindo amplamente.
– O que eu posso dizer? Quem não votaria em mim, rica, popular e bonita? Devem aceitar... – acrescentei, fixando os olhos na vaca chamada Trace Trumn que me olhava com desdém. Desdém? Para mim, Valerie Cudmont? A rainha do baile e de toda essa escola? Ela tinha que ser uma bruxa, usando aquela peruca preta Chanel e uma tatuagem em forma de alguma cobra verde saindo da testa e parando na ponta do olho esquerdo, os olhos de um estranho tom de amarelo assim como sua pele cheia de manchas. Bruxa gorda. –... Pessoas bonitas são melhores e conseguem tudo que querem.
Uma enxurrada de palmas, gritos e assovios tomou as pessoas em pé na frente do palco onde eu e Honor estávamos, um patamar acima da multidão.
– Porque você não põe a sua beleza na bunda, hein, rainha de merda?! – ouvi uma voz berrar no meio dos meus fãs. Procurei quem ousava dizer tal estupidez com os olhos, mas ninguém parecia saber de onde a voz tinha vindo. Foi então que cruzei o olhar com a bruxa, que sorriu presunçosamente para mim.
Foi ela.
– Nós devíamos votar em quem realmente merece o título de rainha do baile, e não porque temos medo de perder nosso posto alto na sociedade dessa escola. – ela continuou. Respirei fundo para não descer do palco e arrancar os cabelos daquela idiota. Não, eu era uma rainha. Eu faria melhor ao invés de me rebaixar ao nível favelado dela. – Acho que a “rainha” deveria ceder a coroa a outra pessoa.
Respirei fundo ao ver muitas pessoas assentirem com a proposta da bruxa de trocarem a rainha.
– Não! Esperem! – pedi, sorrindo como uma líder, meu plano arquitetado.
A reclamação de Trace quase fez com que eu perdesse a coroa. Ela ia pagar e seria muito caro por essa humilhação.
– Ela está certa! – abri um pouco mais o sorriso.
Todos no raio de um quilômetro franziram a testa.
– Eu devo dar a minha – enfatizei a palavra “minha” – coroa para alguém que mereça mais do que eu. Trace Trumn, suba ao palco para receber a sua coroa!
– Quê? Valy, você enlouqueceu? – Honor sussurrou.
– Apenas observe. – pedi. Todo mundo se calou, sem entender.
Ah meu Deus! A idiota está subindo aqui!
Trace arrastou seu vestido preto que mais parecia um manto até estar perto o suficiente de mim para que ninguém ouvisse suas palavras.
– Valerie, é melhor tomar cuidado com o que faz. Você sabe do que me chamam.
– Bruxa. – sorri, pensando em como o apelido era perfeito para ela. – São fofocas muito idiotas, sem nexo.
– Essa é sua chance de se redimir com as pessoas, Valerie. Uma segunda chance para que eu acredite que há bondade em você. – sussurrou. – Somente um idiota mexe com uma bruxa. – seus cílios postiços pareceram brilhar na luz prateada dos holofotes daquele palco montado. Seus olhos amarelos estavam tão assustadoramente intensos focados em mim que por um momento pensei em recuar.
Mas ela não iria me humilhar na frente de todos sem ter um troco.
Tirei a coroa de plástico barato do cabelo com cuidado e a levantei no ar como se fosse colocá-la na cabeça daquela vagabunda. O microfone estava perto o suficiente para captar o som da minha voz.
– Trace Trumn. – sorri e levantei os olhos para ela. Aí vamos nós. – Você realmente acha que eu daria a minha coroa para uma bruxa, piranha – enquanto falava, andei alguns passos até ela como se fosse encurralá-la no ar. – como você? Se você realmente pensou, bruxa, você é a aberração mais estúpida que eu já conheci na vida. Por sinal, aberração é um nome muito digno de uma esquisitona que tem inveja de tudo que eu tenho e que não consegue aceitar o fato de que eu sou melhor do que você. Agora, porque você não pega a sua vassoura e vai preparar morcegos no caldeirão que certamente deve ter na sua casa? A propósito, qual é o motivo dessa cobra verde aí? Se você gosta tanto de verde, porque não se transforma numa porcaria de árvore e vai fazer fotossíntese? – olhei para as pessoas assistindo ao meu show, rindo e apontando na cara da bruxa. Alguém bebia um destilado de, olhe só, verde. O puxei da mão do garoto sem pedir, apenas franzindo o cenho ao ver sua aparência de nerd (cabelo preto, olhos castanhos, magro, moreno e de óculos de aro quadrado) – Você não ama verde? Que tal um pouco na sua peruca barata e na sua maquiagem? – virei o copo no cabelo dela, vendo a peruca murchar. Esperei que a garota começasse a chorar como qualquer outra faria, mas ao invés de pelo menos se incomodar com o vestido e o cabelo molhados, ela sorriu melancolicamente, inclinando a cabeça de lado e fazendo uma careta estranha, um sentimento estranho estampado ali.
Pena? Ela realmente estava demonstrando pena?
– Sabe, Valerie, apesar de tudo isso, sinto pena de você. – Trace comprovou minha hipótese. – Eu te dei uma chance, mas você preferiu usá-la desta forma. Aceite as consequências. – seus olhos amarelos me fitaram com uma incrível intensidade. Podia jurar que os vi brilhando.
[Continua...]

4 comentários:

Marta Maria disse...

LI TUDO, AMEI... mas foi bem corrido, hein?????? to esperando o resto! (mas terça eu viajo, amanha vou estar ocupada, então pode ser q eu n entre)

Cassy disse...

É que o importante não é COMO ela vira a "fera" e sim o que acontece QUANDO ela vira.
Buua :'(

Palloma disse...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei!!
Isso ai vai virar filme, heim??

Cassy disse...

Quem me dera virar filme ~sonha~:)