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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Curiosidade Curiosa: Monster - O Filme?

Oi! A quanto tempo né? Eu estava aqui vendo notícias sobre uma série que amo, Crepúsculo, nesse site muito legal, o Foforks quando me deparei com essa matéria aqui. Automaticamente quando vi o nome Monster, pensei logo nessa história linda da mamãe que todo mundo aqui ama!
A matéria no Foforks trata de um filme com a atriz Jodelle Ferland, a atriz que fez a personagem Bree Tanner em A Saga Crepúsculo: Eclipse. Trago pra vocês o trailer desse filme com o mesmo nome que a nossa história querida:


É uma pena que esse Monster não vire filme de verdade, né? #sonha
PS: Esse filme parece aquelas coisinha idiota que qualquer um grava se tiver uma filmadora melhorzinha né?

Beijo, Beijo! Qualquer novidade aqui no site, eu aviso vocês!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jogos: Perguntas & Respostas - Resultado

Parabéns! Quem ganhou foi a Ceci e podem conferir lá nos comentários!

As respostas eram:

1-Qual foi o apelido que Valerie deu para Trace?
a) Vaca
2-Honor é capitão do time de um esporte. Qual é ele?
c) Futebol
3-No final da Parte I do capítulo 1, Trace diz: "Sabe, Valerie, apesar de tudo isso, sinto _________ de você." O que ela sente?
b) Pena
4-Que bebida Valerie jogou em Trace?
a) Um destilado
5-Qual é a cor dos olhos de Trace?
b) Amarelados
6-Quem disse: "Era oficial. Eu estava delirando."?
c) Valerie

E aqui estão os prêmios:
O GIF SE MEXEEEEE


Jogos: Perguntas & Respostas

Devido ao rápido termino da outra gincana, estou fazendo outra.

Essa é simples. Você só tem que ver essas perguntas abaixo e escolher qual das alternativas é a certa de cada uma. Todas as perguntas são referentes ao capítulo 1 parte I e parte II.
Mande as respostas (ex: 1-a, 2-b...) nos comentários, no msn, na ask do tumblr, no e-mail ou onde for melhor pra vocês.
O ganhador vai receber um gif exclusivo e um marcador de página.

PERGUNTAS:

1- Qual foi o apelido que Valerie deu para Trace?
a) Vaca
b) Cadela
c) Barata


2- Honor é capitão do time de um esporte. Qual é ele?
a) Lacrosse
b) Beisebol
c) Futebol


3-No final da Parte I do capítulo 1, Trace diz: "Sabe, Valerie, apesar de tudo isso, sinto _________ de você." O que ela sente?
a) Medo
b) Pena
c) Remorso


4-Que bebida Valerie jogou em Trace?
a) Um destilado
b) Vodka
c) Suco


5-Qual é a cor dos olhos de Trace?
a) Verde
b) Amarelados
c) Azuis


6-Quem disse: "Era oficial. Eu estava delirando."?
a) Honor
b) Trace
c) Valerie

BOA SORTE!

Jogos: Caça Palavras - Resultado

Olá!!! Já temos o resultado do nosso primeiro caça palavras!!!
E a ganhadora foi a Rafaela Ayumi! Clique aqui e veja o print da resposta dela.*
Veja as respostas:


E aqui está o prêmio dela, que vocês podem pegar também!




PS: Por algum motivo ela não consegue postar comentário aqui, então me mandou as respostas pelo msn.

Jogos: Caça Palavras

Olá! Voltei com outro jogo pra vocês se divertirem!

Abaixo temos um caça palavras com 6 nomes de alguns atores de Monster. Use nossa página de personagens pra auxiliá-lo a achar os nomes. Somente palavras na horizontal e vertical, e só os primeiros nomes dos ATORES.
Coloque os 6 nomes no comentário dessa postagem até as 17:00 de segunda, junto com seu twitter ou e-mail para concorrer a 3 pôsters, um da Valerie, um da Trace e um do Honor.



Boa Sorte!


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jogos: Ache o Pôster - RESULTADO

Nossa primeira gincana acabou agora a pouco, e trago agora o resultado:

Os enigmas estavam nas postagens:

1-Monster - Capítulo 12 - Parte 1
2-Personagens: Garoto do Baile a Fantasia (Zach Roerig)
3-Sinopse de Monster
4-Enquete: Qual capa é a melhor?

E a ganhadora foi:
Ceci Melow! Confira aqui o print com os links e o horário que ela mandou o e-mail.
Parabéns, Ceci, confira seu e-mail com seus wallpapers!!!

domingo, 21 de agosto de 2011

Jogos: Ache o Pôster

JOGO ENCERRADO
Olá! Começaremos agora o primeiro jogo do site!
   

Nessa brincadeira, você deve encontrar as quatro partes da imagem que formará um dos Pôsters Oficiais de Monster. As 4 partes estão espalhadas em postagens diversas pelos site, e seu dever é encontrar as quatro partes e mandar para milla.zahn@gmail.com os 4 links que vão estar embaixo de cada uma das 4 partes!
Para poder achar as 4 partes, teremos 4 dicas. A primeira eu mostro agora, apontando para onde vocês devem começar. A cada parte achada, uma nova dica.

Primeira Dica: 
Em que capítulo está o trecho abaixo? Encontre o capítulo e achará a primeira parte e sua próxima dica:
"Árvores frondosas, a grama verde e bem aparada, flores de várias espécies por toda a parte, nem uma sequer feia. No meio do jardim, uma fonte que eu não conseguia ver da janela do quarto com um anjo segurando um jarro, a água fluindo calma do jarro até a bacia embaixo, um barulho calmo e aconchegante. No fim do jardim, uma estufa de vidro."  


As duas primeiras pessoas que mandarem os 4 links para o e-mail milla.zahn@gmail.com ganharam um protetor de tela exclusivo com os atores principais de Monster!
Boa sorte!


das 19:00 do dia 21/08 ás 19:00 do dia 22/08

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Monster pode continuar! Só depende de você!

Como eu disse ontem, Monster pode não ter acabado. Depende agora de quem? De vocês, que leem e visitam o site. se tem alguém que faz isso.
Mas como assim depende de quem está lendo? É simples:

Várias histórias, de livros, filmes, séries e afins, tem coisas feitas por fãs. Então, os fãs de Monster podem se manifestar, contribuindo com o site!!!!!
Como?
Tem alguma coisa que você gostaria de mudar na história? Crie uma Fanfic contando como seria!
Mostre sua arte, mandando uma imagem, montagem, ou até mesmo vídeo, como aqui e aqui!
Ou solte a criatividade, e crie qualquer coisa que você queira!

Gostaram da ídeia? Digam nos comentários, por favor!!

Preciso da ajuda de vocês!

E aí gente, todo mundo gostou do fim de Monster?
Mas calma, não se desesperem. Eu tenho pensado em algumas coisas, e quero a opinião de vocês.
Como Monster (o livro em si) acabou e eu não pretendo fazer uma continuação porque ia ficar completamente sem sentido, já que a Valerie já aprendeu o que é bom pra tosse e que o Tyler finalmente se rendeu aos encantos, eu pensei em algumas coisas que eu poderia fazer, e quero ver se vocês gostam.

1 - Enigmas:
Algumas brincadeiras, como por exemplo: eu crio um enigma relacionado ao livro e espalho pistas pelo site. Valendo ou não alguma coisa.
2 - Passatempos diversos:
Sabe aqueles joguinhos de revista, como caça palavras e etc? Que tal alguns sobre Monster?
3 - Enigmas, brincadeiras e coisas assim valendo coisas exclusivas de Monster para download (como marca-páginas e etc)

POR FAVOORRR DEIXEM SUA OPINIÃO NOS COMENTÁRIOS DESSE POST, NO MEU E-MAIL( milla.zahn@gmail.com) OU NA MINHA ASK (http://www.apenasme.tumblr.com/ask

Monster - Epílogo

Epílogo
(Valerie)

Eu estava caindo, mas a queda não me preocupava, eu apenas deslizava sutilmente para baixo. Estava em um jardim, o mais belo deles. E estava caindo em pétalas vermelhas, de rosas. Em algum lugar podia ouvir um riacho, talvez mais próximo do que eu imaginava, por baixo das pétalas que formavam um tapete por todo o jardim. O sol era fraco, mas o suficiente para me aquecer.
Quando finalmente caí, um sentimento de paz preencheu meu coração, as pétalas de textura suave acariciando minha pele.
Sorri. Eu me sentia tão bem, tão leve...
Uma ventania passou pelo jardim movimentando as pétalas e me levando junto num redemoinho feito do vento, eu e todo o vermelho das pétalas no jardim.
Quando a ventania passou, encontrei-me de pé. As pétalas tinham desaparecido, revelando o verde claro da grama. Á minha frente havia uma rosa vermelha, a mais linda que já vi, perfeita, frondosa e de cores vívidas. Dei um passo até ela e de repetente a flor desapareceu.
Algo começou a me puxar para cima, para o lugar de onde eu tinha caído. Mas eu não queria ir embora. Aquele jardim era tão lindo...
Mas a força que me puxava para cima era mais forte do que eu. Começou a escurecer até eu não conseguir enxergar mais nada.
Abri os olhos, sentindo uma lufada de ar entrar pela minha garganta tão forte e rápida como se eu não respirasse há muito tempo.
Sentei-me e olhei ao meu redor. Estava na estufa de casa. Na minha frente, Tyler estava sentado de costas para mim com a cabeça baixa.
Os últimos acontecimentos voltaram como um flash na minha cabeça.
Eu levei uma facada. Eu... Supostamente eu deveria estar morta.
Involuntariamente minha mão voou até o espaço entre as costelas, mas não havia marcas. Olhei, procurando sangue na minha blusa e me surpreendi.
Minha mão! Minha mão está normal como antes, sem cicatrizes, a pele não mais áspera. Toquei meu rosto e... Não havia mais cicatrizes! Abaixei o braço e conferi: a rosa tinha desaparecido do meu pulso.
– Oh! – exclamei.
Tyler quebrou a maldição! Ele me salvou!
Ele se virou para mim e praticamente deu um pulo, assustado.
– Mas que...?
– Tyler, sou eu.
– Valerie? Como... Como você entrou aqui? Onde está Leah?
Ele não entendeu.
– Tyler, sou eu. Quando eu fui no seu quarto e perguntei sobre, hipoteticamente, uma pessoa amaldiçoada... Bem, não era tão hipotético.
– Então... Eu não entendo.
– O que eu posso dizer para você acreditar em mim? – pensei um pouco – Nós... Vimos o pôr do sol e o amanhecer na praia. Andamos de madrugada na rua e você me comprou um café. Eu escrevi uma carta. Você tocou meu rosto quando me viu pela primeira vez na estufa. Você me carregou para o quarto a primeira vez que lemos juntos. Você me disse que gostava do meu antigo eu, da Valerie fútil e prepotente. Você disse que ficou com medo de dizer que me ama porque achou que eu não me sentia da mesma forma. – segurei a sua mão. – Como eu poderia saber de tudo isso se não fosse eu?
Olhei dentro dos seus olhos enquanto ele assimilava os fatos. Confusão, medo, surpresa – passaram pelo seu rosto até ele olhar para mim de novo.
– É você.
– Sempre foi. – sorri.
Ele olhou para a minha blusa.
– Mas você... Meu Deus. É você.
– Sim.
Inesperadamente, ele me abraçou.
– Eu achei que tinha te perdido. – falou no meu pescoço. – Você está viva!
– Eu não vou abandonar você. Eu nunca mais vou te deixar partir. – prometi.
– Eu não vou a lugar nenhum sem você.
Tyler segurou meu rosto em suas mãos e se aproximou mais. Nossos lábios se tocaram, formando um beijo doce, suave e profundo, como se nós dois estivéssemos entregando á alma um ao outro.
– Você me salvou. – falei na sua bochecha.
– Eu? Como?
– Amor. Você quebrou a maldição com amor.
– Amor é a mágica mais linda do mundo.
Concordei, e voltamos a nos beijar.

Fim

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Nova Foto da atriz Tinsel Korey

Que todo mundo odeia a mãe do Tyler eu já sei. Mas essa foto da atriz tá tão linda que eu tive que mostrar pra vocês.


Lembrando que o último capítulo de Monster será postado amanhã!

Monster - Capítulo 24 - Parte III


– Você... Você... Você me... ama?
– Sim, eu amo você. Eu te amo! Eu não posso deixar você morrer! – meus olhos ficaram marejados. – Eu não posso te perder!
– Mas você disse...
– Eu sei. – ela se referia ao que eu disse quando estava indo embora. Que eu nunca tivera uma amiga como ela.
Que grande mentira.
Então... – Leah continuou sem entender.
– Eu fiquei com medo de você não se sentir assim sobre mim... “Eu estou te implorando, não me deixe” – recitei.
– A carta... – ela sorriu novamente.
 – Eu tentei falar com você, mas... Você não vai morrer, Leah. Não vai, está bem?
Ficava repetindo isso porque nem mesmo eu conseguia acreditar. O sangue não parava de escorrer entre seus dedos.
– Não importa...
– Você consegue imaginar o quanto eu te amo? Consegue?
– Você... Me ama. – ela finalmente entendeu.
Leah virou o rosto de lado e olhou para si mesma.
– O quê? – perguntei, tentando ajudar.
– Meu... Pulso.
Virei seu pulso para ela. Leah olhou sua tatuagem e fechou os olhos, suspirando.
Olhei atentamente para o que antigamente era uma rosa vermelha em seu pulso.
– O que aconteceu com sua tatuagem? – perguntei. A rosa não tinha mais pétalas nenhuma.
– Está acabado. – falou para si mesma em tom de pesar. – Não há mais volta.
Leah estava delirando.
– Vai ficar tudo bem. – sussurrei.
– Tyler...
– Sim?
– Eu... Eu amo você... – sua voz falhou e foi sumindo.
Leah virou a cabeça ligeiramente para o lado e fechou os olhos.
Esperei, mas ela não tornou a abri-los.
– Não... Não! Leah, por favor, não me deixe! Eu te amo...
Segurei seu rosto com as duas mãos enquanto sentia uma lágrima descer pela minha face e encostei meus lábios nos dela.
– Não me deixe. – implorei, beijando-a. – Eu te amo, Leah. Não me deixe.
Afastei meu rosto do dela, mas nada aconteceu.
Não.
Levantei e corri para fora da estufa, gritando.
– Alguém me ajude! – gritei com todo o ar dos meus pulmões.
Leah, não...
Ela se fora.
– Alguém me ajude!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Estamos de Volta!

Oi gente! Creio que vocês viram o Hiatus que o site fez. Agora, minhas explicações:
A escola tá me matando e me atolando de coisa pra fazer, tudo isso junto com minha mãe querendo que eu ajude aqui em casa, então não tinha tempo pra digitar Monster o suficiente pra um capítulo. Então eu deixei o site em hiatus e voltei agora que já tenho tudo digitado! Amanhã tem um novo capítulo.
Lembrando que, Monster está no fim! :'(

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 24 - Parte II

– Tyler... – uma voz fraca e entrecortada veio do meu lado. Virei o rosto e vi Leah, de olhos abertos.
– Leah... – segurei seu rosto com uma das mãos, acariciando suas bochechas. Ela chorava.
– Você está aqui... C... Como...? – quase não podia ouvir sua voz de tão baixa e falha que estava. Ela respirava com dificuldade.
– O espelho. – respondi. – Eu vou chamar alguém. – falei, começando a me levantar. A estufa estava escura, devia ser quase meia noite.
– Não... – os dedos fracos de Leah seguraram meu pulso. – Fique... Aqui... Fique aqui comigo. – pediu.
– Eu não vou te deixar! – prometi, me referindo mais a sua morte. Segurei sua mão com a mão livre. Ela usava a outra mão para pressionar o ferimento. – Eu nunca deveria ter ido embora. Se eu tivesse ficado, nada disso teria acontecido. – desculpei-me.
– Não importa. Você está aqui... É... isso que importa. – ela encostou a cabeça na minha mão que afagava o seu rosto. – É a última coisa que eu quero ver antes de morrer. – ela sorriu fracamente, apesar da dor e da dificuldade de falar.
– Você não vai morrer!
– Eu vou, Tyler. Você... Está... Aqui. Isso não... não importa.
– Importa para mim! – gritei, desesperado. Ela parecia prestes a perder a consciência a qualquer minuto.
– Porque? – perguntou, apertando meus dedos com toda a força que podia, a força de uma formiga. Eu mal sentia o seu aperto. Ela fechou os olhos por um segundo, cansada.
– Porque eu te amo! – Leah tornou a abrir os olhos ao meu grito desesperado. Um longo segundo se passou. Ela olhava dentro dos meus olhos como se não entendesse.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 24 - Parte I

Capítulo 24
(Tyler)

– Não! – gritei o mais forte que pude ao ver o facão perfurando a pele de Leah. Minha mãe puxou o facão cheio de sangue e o jogou no chão.
Ela não era minha mãe. Era um monstro.
Jeff me soltou, tirando a arma da minha cabeça. Leah tropeçou e caiu deitada no chão outra vez.
– Leah! – corri até ela, que segurava a ferida com a mão, empoçando-a de sangue.
Seus olhos estavam fechados. Bati em seu rosto, de leve.
– Leah! Leah, acorde! Fale comigo!
– Vamos para casa, Tyler.
Ajoelhei-me ao lado de Leah, tentando fazê-la acordar.
– Você é um monstro! – gritei. – Você a matou!
– É o melhor para você, Tyler. – Olivia não parecia entender porque eu estava tão furioso.
– Eu sei o que é melhor para mim! Você a matou! – repeti, sem acreditar.
Não, ela não podia estar morta. Não podia.
– Vamos, Tyler. – Olivia ordenou com a voz forte.
Nunca senti tanto ódio em toda a minha vida. Peguei o facão jogado no chão, o sangue vermelho pingando na minha mão e o apontei firme para o monstro na minha frente, aquele que eu costumava chamar de mãe.
– Eu nunca vou te perdoar! Vá embora, mãe – cuspi a palavra – e nunca mais apareça na minha frente, ou eu juro, eu juro que te mato! – apontei o facão para que ela visse que eu não estava brincando. – Vocês dois!
Ela matou Leah.
– Tyler...
– Suma! Saiam daqui antes que eu ligue para a polícia! – fiz que ia pegar o celular no bolso da calça, segurando o facão com a outra mão. Mas na verdade, na pressa de chegar aqui nem havia pegado o celular.
– Mas... – ela insistiu, virando-se para a porta.
– Vá embora! Seu monstro! Eu vou matar você!
Levantei uma perna, planejando levantar completamente e ir lá fazer o que eu estava ameaçando se eles não saíssem. – Eu nunca vou te perdoar! – berrei para a estufa. Larguei o facão no chão.

domingo, 7 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 23 - Parte III

Ali, parado na porta estava um homem alto, loiro e forte com a aparência assustadora, sorrindo presunçosamente para mim.
– Jeff. – a mãe de Tyler disse, com admiração.
Jeff me segurou pelos braços e me rebocou de volta para dentro da estufa, parando afastado num canto.
– Olivia. – ele sorriu mais um pouco, amedrontador. – Os outros foram embora. Não pensei que seria tão fácil pegá-la. – ele gesticulou apontando para mim e sentou-se no banco, pegando um revólver do bolso e girando-o nos dedos. – Continuem.
Olivia se aproximou mais de mim, deixando-me encurralada entre ela e Jeff.
– Tyler nunca vai te perdoar! – gritei, desesperada.
– Pelo contrário, ele vai me agradecer.
– Eu te dou o que você quiser, mas não faça isso. – choraminguei. Nós duas voltamos a nossa dança giratória mortal enquanto Jeff assistia.
– Você está com medo? – Olivia soltou uma gargalhada.
Tentei correr para a porta mais uma vez. Num movimento calmo, a mãe de Tyler segurou forte em meu braço e me jogou para trás, fazendo-me tropeçar.
– Por favor. – choraminguei enquanto ela andava até mim, sorrindo. Seria o fim.
Fechei os olhos como se isso fosse diminuir a dor e esperei.
– Mãe! – uma voz fez todos nós nos virarmos para a porta.
– Tyler?! O que você está fazendo aqui?
Tyler. Era ele. Ele estava aqui.
Quase poderia sorrir, não fosse a situação.
Tyler tentou correr até a mãe, mas Jeff saiu do seu canto e o segurou, os braços como uma gravata em seu pescoço.
– Tyler! – berrei, me contraindo de pavor ao ver Jeff sacar a arma e apontá-la na cabeça de Tyler. Ele se debateu nos braços fortes de Jeff insanamente.
– Vamos terminar com isso. – Olivia falou entre dentes, impaciente.
Tropecei num vaso de cerâmica caído e quebrado no chão e caí deitada, batendo a cabeça no chão.
Olivia andou até mim.
– Mãe! Mãe, não! Mãe, se você fizer isso... Eu nunca vou te perdoar! – Tyler tentou argumentar, mas Olivia mal ouvia enquanto caminhava até mim lentamente.
– Você vai me agradecer um dia. – falou sem se virar.
– Eu não vou te perdoar! Não! Mãe, não! Me solte, infeliz!  – berrou para Jeff.
– Eu estou fazendo isso para o seu bem, filho.
– Não, mãe! Não!
– É para sua segurança.
Consegui me levantar. Olivia chegou perto, levantando o facão no ar, a centímetros de mim.
– Não!
– Você está melhor sem ela!
Com um golpe rápido, senti a lâmina perfurando a minha pele no espaço entre as costelas.

Monster - Capítulo 23 - Parte II

 – O que faz aqui? – perguntei, verdadeiramente surpresa ao ver a mãe de Tyler. Não esperava vê-la novamente.
– Justiça. – ela sorriu de forma estranha e puxou algo do bolso da calça.
A lâmina reluzente do facão que ela segurava brilhou ameaçadoramente para mim.
Mesmo assim, não recuei.
Como seria irônico, morrer pelas mãos da mãe do garoto que eu amava.
– Justiça? Você? – arqueei uma sobrancelha, cética. A mãe de Tyler não tinha lá muita moral para dizer o que era justo ou não.
Observei a mulher parada na minha frente. Ela parecia bem melhor do que da última vez que a vira. Quase como se não fosse tão drogada e desumana.
– Você realmente pensou que eu deixaria meu filho com um monstro como você sem fazer absolutamente nada?
Ah, certo. Tyler agora era a vítima.
– Você nem se importa com ele. – rebati rudemente e andei alguns passos para o lado por precaução. A mãe de Tyler espelhou meu movimento.
Eu não poderia correr, porque ela estava virada na direção da porta. Então me restava esperar e ver o que aquela maluca iria fazer comigo.
– Quem é você para dizer se eu me importo ou não com meu filho? – ela se exaltou, começando a gritar. – Você é uma monstra! Veja o que fez a ele!
Me perguntei realmente o que eu tinha feito para Tyler de tão ruim.
Isso me irritou.
– A única monstra aqui é você! – aumentei meu tom de voz, andando cada vez mais para o lado, para longe do facão. – Ou você pensa que eu não sei que você batia em Tyler?
– Como eu educo meu filho, creio ser problema meu.
Quanto mais eu andava para o lado mais ela andava também, e no fim estávamos andando em círculos.
– Saía daqui. – ordenei entre dentes, a raiva pulsando nas veias. – Seu precioso Tyler está em casa, ele nunca mais me verá.
– Você fez algo com ele! Tyler está diferente! Você vai pagar por tê-lo prendido aqui! – ela levantou o facão no ar, apontado pra mim.
Completamos um giro outra vez, então eu estava do lado da porta. Corri o mais rápido que pude, de repente a fim de me salvar.
Bati a cabeça na barriga de alguém.
– Onde pensa que vai?

sábado, 6 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 23 - Parte I

Capítulo 23
(Valerie) (Um dia)

– Leah, se esconda, pelo menos isso! – Maria implorou.
– Eu não vou deixar minha estufa, Maria.
Porque eu deveria me importar? Eu era um monstro! Eu preferia morrer do que continuar como monstro para sempre, se Tyler não estaria comigo.
– Leah! Tyler vai voltar! Lute por ele! – Maria estava desesperada.
Não entendi por que.
– Tyler não vai voltar. – disse entre dentes, tentando não gritar ou ter um acesso de raiva.
– Eu vou ligar para ele, Leah, vou chamá-lo. Ele não vai deixar você fazer isso.
– Boa sorte. – tentei parecer calma, mas minha voz soou esganada. E se Maria ligasse mesmo para ele?
Ouvir a voz dele até poderia ser algo bom, mas eu não podia esperar nada.
Não é como se fosse mudar algo.
Podíamos ouvir ao longe um barulho confuso, xingamentos. A única palavra que eu ouvia era “Monstro!”, mas na verdade aquilo poderia ser dentro da minha cabeça.
Esperei em silêncio, apenas ouvindo o barulho se aproximar. Maria desistiu de me convencer a sair. Se eu ia morrer, queria morrer ao lado das minhas flores.
Ouvi passos. Alguém entrou na estufa.
Respirei fundo e virei-me.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 22

19 DIAS


18 DIAS


17 DIAS


16 DIAS


15 DIAS


14 DIAS


13 DIAS


12 DIAS
11 DIAS


10 DIAS


9 DIAS


8 DIAS


7 DIAS


6 DIAS


5 DIAS


4 DIAS


3 DIAS


2 DIAS




Capítulo 22
(Tyler)

Onde minha mãe estava?
Ela tinha ficado em casa todos esses dias e aos poucos eu a deixava mais livre, sempre vigiando.
Então onde diabos ela estava?
– Droga! – gritei. Peguei meu celular e conferi se tinha algo novo.
Nenhum telefonema, nenhuma mensagem. O que aconteceu com Leah?
Leah. O espelho.
Peguei o espelho que Leah me dera, planejando procurar pela minha mãe com ele, mas ao invés disso, pedi que o espelho me mostrasse outra pessoa.
– Mostre-me Leah.
A imagem mudou, mostrando Leah de costas na estufa... O que havia de errado com a estufa? Tudo parecia quebrado.
Do lado de fora, uma gritaria.
– Leah, eles querem pegar você. – Maria falou com a voz carregada de pavor.
O que estava acontecendo?
– Deixe que entrem. Não importa. – a voz de Leah estava vazia de emoção, seus olhos cheios de olheiras.
– Eles querem matá-la. – insistiu.
O quê? Quem?
– Deixe. Morrer não vai ser ruim, afinal.
– Leah...
Leah, não!
– Eu perdi, Maria. Tyler se foi, e nem ao menos eu consegui fazê-lo me amar. Morrer vai ser melhor do que ficar assim para sempre.
Não!
– Mostre-me de onde vem essa barulheira. – pedi ao espelho, aflito. Quem queria matar Leah?
A imagem parou numa praça perto da casa de Leah – eu reconhecia porque nós dois andamos lá uma vez –, um grupo pequeno regado de pessoas xingando alto, comandados por um homem e uma mulher que me era muito familiar.
– Ela é um monstro, um perigo! Mas lembrem-se, eu cuido da garota! – minha mãe berrou, brandindo um facão, cheia de fúria e sorrindo para Jeff.
– Não! – gritei.
Ouvi o barulho do espelho se espatifar no chão enquanto eu corria porta a fora.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 21

29 DIAS


28 DIAS


27 DIAS


26 DIAS


25 DIAS


24 DIAS


23 DIAS.


22 DIAS.


21 DIAS.

Capítulo 21
(20 Dias)

Arranquei uma pétala da rosa vermelha em minhas mãos, lembrando mais uma vez do que aconteceu quando cheguei em casa na noite em que Tyler se foi.

Parei o carro e corri para a estufa, meus sentimentos envoltos numa onda de dor que me levou ao chão, engasgando com o choro.
Ele se fora.
– O que está acontecendo? – Maria entrou na estufa e me encontrou no chão, abraçando as pernas. – Onde está Tyler?
– Tyler se foi. – minha voz saiu baixa e sem sentido.
Ele se fora.
– O quê?
– Eu o deixei ir.
– Mas, Leah... Faltava tão pouco para ele quebrar a maldição.
Ah sim, estava muito perto dele quebrar a maldição, especialmente porque “ele nunca teve uma amiga como eu”.
– Eu tive que deixá-lo ir. – sussurrei, entre soluços. Deitei a cabeça nas pernas. – A mãe dele... A mãe dele teve uma overdose.
“Eu nunca tive uma amiga como você.”
Amiga.
Eu o amava.
Ele se fora.
– Ah meu Deus! Ele vai voltar, não vai?
– Não. – fechei os olhos.
– Ele vai voltar, Leah, ele gosta muito de você.
Amiga.
– Me deixe sozinha. – pedi.
– Leah...
– Por favor. – gemi, minha respiração difícil.

Meu celular fez um barulho estranho. Peguei-o e conferi o visor.

UMA NOVA MENSAGEM.

Abri, respirando fundo.
Esperava que não fosse de...

MINHA MÃE VAI FICAR BEM, MAS EU TENHO QUE FICAR DE SEGURANÇA PARA QUE ELA NÃO FAÇA NENHUMA BESTEIRA.
NÃO SEI QUANDO VOU PODER VOLTAR, DESCULPE.
TYLER

...Tyler. Ótimo. Porque ele se deu ao trabalho de mentir, me enviando uma mensagem quando nós dois sabíamos a verdade? Ele não iria voltar. Ele não queria voltar.
Observei o celular por mais alguns minutos.
Onze chamadas perdidas.
Dois recados na caixa postal.
“Leah... Me ligue quando puder. Eu li a sua carta, eu... Me ligue, tudo bem?”
“Leah, qual é! Eu sei que você está aí! Me ligue! O que houve?”
O celular tocou na minha mão, me assustando. O visor marcava um nome: Tyler.
– Ele não vai voltar! – gritei, e lancei o celular contra a vidraça de vidro.
Ele não vai voltar.
Vasos, flores, plantas. Tudo veio ao chão, todo o meu trabalho de meses, destruído, quebrado.
Mas o que importava?
Tyler não voltaria.
Eu tinha tentado todos os dias fazer com que ele se apaixonasse por mim, eu dei tudo á ele...
Mas ele se fora.
Eu o amava, eu não podia viver sem ele.
Mas para Tyler eu era só uma amiga.
Maria e Noel tentaram me impedir de quebrar toda a estufa, mas já era tarde.
Não importava mais.
Eu tinha falhado. 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 20

Capítulo 20

Querido Tyler,

Você já recebeu uma carta? Até onde me lembro, eu nunca. O que é uma real pena, na verdade.
O mundo está cada vez mais moderno, esquecendo das coisas como cartas, romance. É muito difícil hoje em dia ver aquele romance saído dos filmes ou livros que eu aprendi a gostar. Hoje em dia ninguém mais manda flores, manda SMS.
Mas decidi mudar um pouco isso e lhe escrever uma carta desse tipo, saída dos livros, á mão.
Especialmente porque sei que corro um enorme risco: de estar me apaixonando por você.
Quanto mais tempo se passa, mais me identifico com as características que você disse sobre amar alguém, e é por isso que eu devo pedir desculpas á você. Porque eu te amo.
Seria você capaz de amar um monstro como eu?
Passear com você foi uma das experiências mais agradáveis pela qual eu já passei, ficando atrás talvez do dia em que vimos o pôr do sol e o amanhecer na praia.
Não existe nada mais gratificante pra mim do que vê-lo respirar, ter você ao meu lado.
Me perdoe por não deixar você livre, porque sou egoísta demais para te perder, e sei que você iria embora assim que pudesse.
Desejo desesperadamente que um dia você possa me amar da forma como eu te amo. Da forma como eu amo seus olhos, seu nariz, sua boca, sua covinha.
Alguns dias se passaram desde que toquei nessa carta, e, estive pensando.
Você está livre.
A porta está destrancada, as chaves estão ali.
Mas poderia eu pedir-lhe para ficar?
Queria não ser um monstro. Queria ser o tempo todo da forma como me sinto quando estou com você. Não me sinto mal, feia ou triste. Quando estou com você, toda a minha dor vai embora.
Daria todo o meu dinheiro para saber: eu passo pela sua cabeça alguma vez ao dia?
Você passa pela minha todos os segundos.
Por favor, eu te imploro, cumpra com a sua promessa. Não me abandone.
Não sei viver sem você.
Tenho medo de que você saía no meio da noite enquanto eu durmo, porque então eu jamais veria o seu rosto de novo.
E eu não posso viver com isso.
Eu estou te implorando. Não me deixe.
Me desculpe, eu te amo.
Leah.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 19 - Parte IV

Preparem os lencinhos...
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O quê?
– Tyler... – parei, pensando se realmente deveria dizer aquilo. Mas era a mãe dele, eu não tinha escolha. – Você tem que ir vê-la.
– Mas...
– Você está livre, Tyler. – suspirei, sabendo que ele iria embora. – Vá ver sua mãe.
– Sério? Mas Leah... – ele colocou a mão em cima da minha.
– Vá. – o interrompi, pegando o espelho e colocando-o nas mãos de Tyler. – Leve isso e você poderá me ver sempre que quiser.
– Leah... – parou, pensando. – Obrigado.
– Vá pegar suas coisas. Eu te dou uma carona até a rodoviária. – falei, desanimada.
– Eu vou voltar. Eu prometo. Eu só vou ver minha mãe e eu prometo que volto.
Ele pegou a carta e o espelho e entrou no carro.
– Que horas são? – perguntou.
– Dez pras dez. Por quê? – perguntei, sem tirar os olhos da rua. Seria difícil demais olhá-lo, sabendo que estava tão perto de perdê-lo.
– O próximo ônibus saí daqui a dez minutos e depois só amanhã. – sua voz saiu esganiçada.
Pisei no acelerador.
– Nós vamos chegar a tempo.
Mal parei o carro e Tyler já havia saltado para fora. Comprou a passagem as pressas, o ônibus já estava lá.
– Eu prometo, Leah, eu não vou te abandonar! Eu vou voltar logo!
– Eu sei. – disse, mesmo não tendo muita certeza.
Tyler entrou no ônibus e virou, olhando diretamente para mim. O motorista fitou suas costas, olhando feio, com pressa.
– Vamos logo, rapaz. – resmungou.
– Ahn... Leah? – Tyler chamou, sorrindo.
– Sim? – sorri também, esperando ansiosa por sua resposta.
– Eu nunca tive uma amiga como você.
Amiga.
Não era isso que eu esperava.
Ele não gostava de mim.
Amiga.
O motorista fechou a porta do ônibus, partindo, enquanto eu me sentia sem ar, como se uma faca tivesse atravessado o meu peito.
No caminho de volta para casa, lembrei-me da carta e me arrependi de tê-la entregue. Eu tinha me confessado naquela carta, dito que o amava.
Eu o amava, mas ele me considerava uma amiga.
Estava tudo acabado. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Monster - Capítulo 19 - Parte III

GENTE, NÃO CONSIGO ME CONTER. VOU POSTAR MAIS UMA SUPER-LINDA-TUDO-DE-BOM PARTE PRA VOCÊS MORREREM, MAS O FINAL DO CAPÍTULO 19 SÓ AMANHÃ.
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Quando cheguei ao jardim, Tyler estava sentado no banco da estufa. Soltei um risinho ao perceber que ele também estava usando seus All Star pretos.
– O que foi?
Sentei-me ao seu lado, apontando para nossos tênis. Tyler também riu.
– Então, o que você queria me dar? – perguntou, curioso.
Peguei das costas e estendi para ele o envelope.
– Isso. Uma carta.
Seus olhos se arregalaram.
– Uma carta? Eu... Eu nunca recebi uma carta.
Tyler começou a abrir o envelope, mas o impedi colocando a mão sobre a dele, enrubescendo.
– Não, abra depois.
– Porque o presente? – sua testa enrugou, mas ele sorria, sua covinha a mostra. Então eu sabia que ele tinha gostado.
– É só algo para você não se esquecer de mim. – virei o rosto para as orquídeas brancas no canto da estufa.
– Eu não vou te esquecer, Leah. Eu não vou te deixar.
– Você quer ficar? – perguntei sem entender. – Quero dizer, você ficaria se tivesse escolha?
Na verdade, ele tinha. Desde que voltamos da praia, deixei as portas destrancadas, para se ele quisesse ir. Eu o amava o suficiente para isso. Mas não, ele não tinha fugido. Todas as noites eu iria dormir receosa, mas de manhã ele sempre estava lá.
Tyler não hesitou na sua resposta.
– Sim, eu ficaria. Eu já expliquei, aqui eu não tenho que me preocupar com nada além de mim, e... E eu tenho você. Eu quero ficar aqui.
Ele queria ficar! Ele queria ficar!
Sorri com o canto dos lábios, um sorriso tímido. Por dentro eu explodia de felicidade.
– Mas... – ele parou.
– Mas...?
– Mas se eu pudesse ver como minha mãe está, apenas uma vez... Então eu ficaria aqui, bem.
Pensei um pouco.
O espelho.
– Eu sei um jeito! – praticamente gritei, tentando fazer de tudo para agradá-lo. – Um momento.

– Peguei o espelho no quarto e suspirei, nervosa. Ele veria a mãe dele e então seria o momento de perguntar o que ele sentia por mim.
– O que um espelho tem a ver com isso tudo?
– Ele é mágico. – suspirei, dando-me conta de quanto infantil eu parecia. – Veja: mostre-me Tyler. – pedi. Meu reflexo desapareceu e me mostrou um lindo e confuso Tyler. Mostrei a imagem á ele.
– O espelho mostra quem você quiser? – ele estava perplexo.
– Qualquer um. – sorri, sabendo que o espelho o ajudaria.
– Mostre minha mãe. – ele pediu. Olhamos o espelho. A imagem de Tyler foi substituída por uma imagem em branco. Esperamos, mas nada mudou.
– Eu não sei o que está acontecendo... Desculpe. – o que aconteceu com o espelho? Era a primeira vez que isso acontecia. – Ele funcionava...
– Eu acredito em você. – Tyler colocou o espelho no banco, ao seu lado, visivelmente desapontado.
– Tyler... – tentei me desculpar.
– Leah... – a voz dele estava estranha, cheia de admiração. Tyler se aproximou mais de mim, inclinando a cabeça.
Demorei a entender o que estava prestes a acontecer. Ele ia me beijar! Ele ia me beijar! Tyler ia me beijar!
Nossas testas se tocaram, nossos olhos se fechando. Depois nossos narizes se tocaram, e por fim, senti os lábios de Tyler roçando nos meus...
Alguém tossiu alto, uma tosse carregada. Nos afastamos, assustados, e olhamos em volta, mas não havia ninguém na estufa além de nós.
– O que diabos... – perguntei, irritada.
Tyler olhava para o espelho, preocupado.
– O que foi? – perguntei, esgueirando-me para ver o espelho.
Deitada numa cama de hospital, dormindo e tossindo, estava a mãe de Tyler.
Ele pegou o celular do bolso da calça, apressado, conferiu algo e discou um número, sem tirar os olhos do espelho.
– Alô? Você me ligou um milhão de vezes, o que está acontecendo? – falou no telefone. – Minha mãe? – conferiu o espelho mais uma vez. – Que hospital?
Hospital?
– Tudo bem, eu... Eu te ligo. – Tyler desligou o aparelho e finalmente olhou para mim.
– O que aconteceu? – perguntei preocupada, quase sussurrando.
– Minha mãe... Minha mãe teve uma overdose.