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domingo, 31 de julho de 2011

Monster - Capítulo 18 - Parte IV

Tyler, dormindo como um anjo. Acho que pegamos no sono vendo o amanhecer, porque ainda estávamos na praia. Observei-o por alguns minutos, sentindo a brisa gelada da manhã no meu rosto.
– Bom dia. – Tyler sussurrou ao abrir os olhos. Ele olhou ao redor e somente então se tocou. – Nós dormimos! Droga.
– Tudo bem, ainda deu para ver o começo do dia clareando.
Levantamos e tiramos a areia do corpo e do cabelo.
– Sério? – Tyler apontou para algum lugar ao norte da casa. – Cavalos?
Ahn?
Olhei melhor, dobrando meu cobertor e percebi que o que havia ao norte da casa eram dois cavalos, um preto e um branco.
Cavalos?
– Esses cavalos são seus? – perguntou, descrente.
– Não até onde eu saiba. – virei o olhar para a casa na esperança de ver Maria ou Noel sorrindo zombeteiramente, o que denunciaria que eles plantaram os cavalos lá.
– Vamos cavalgar! Você sabe? – Tyler começou a correr pela areia.
– Sei! E você? – berrei, largando os cobertores e correndo atrás dele.
– Eu praticava equitação quando era pequeno. – explicou assim que chegamos perto dos cavalos. Ele estava parado ao lado do branco, então prostrei-me ao lado do preto. – O branco é uma égua e o preto é cavalo.
– Você é entendido mesmo. – elogiei, pensando num nome para o cavalo escuro e sombrio.
– Vou chamá-la de... Bela
– Vou chamá-lo de... Fera. – eu e Tyler falamos ao mesmo tempo e rimos ao perceber que iríamos cavalgar com a Bela e a Fera. Fera pareceu um bom nome para o cavalo negro do focinho até as patas, meio sombrio. Fiz um carinho nele antes de subir nas suas costas. Olhei para Tyler e quase escancarei a boca. Mesmo de jeans e casaco, em cima daquela égua ele parecia um príncipe saído dos contos.
– Vamos? – ele fez um gesto, apontando para frente.
Meu coração disparou ainda mai ao ver Tyler começar a correr com Bela pela praia.
– Você não vem? – perguntou. Só então me toquei de que eu estava lá, parecendo uma boba. – Que foi, esqueceu como anda á cavalo?
– Vamos, Fera! – sussurrei para meu cavalo e começamos a correr. Logo ultrapassei Tyler. – Quem é que esqueceu como andar agora? – gritei, virando-me para trás para enxergar meu príncipe.
Eu te amo. – pensei.
Tyler correu e me ultrapassou, mas eu não deixei barato. Acabamos por apostar corrida e chegamos até o outro lado da praia, no começo da estrada.
– Isso deve ser seu. – Tyler apontou para o mar, para um iate se aproximando da baía.
– Talvez. – apontei para Maria e Noel que se aproximavam, andando pela areia.
– Que tal um passeio de iate? – Noel propôs.
– Posso pilotar? – Tyler desceu das costas de Bela e eu imitei seu movimento.
– Você? Pilotar? Você sabe, garoto? – Noel brincou, descrente.
– De onde surgiram esses cavalos? – perguntei aos sussurros para Maria. Ela deu de ombros.
– Eles já estavam aí quando eu e Noel acordamos. Um presente de Deus.
– É... Bem, eu posso tentar.
Maria subiu no iate, depois Noel e depois Tyler, que me ajudou a subir.
– Obrigada.
Passeamos de iate até a hora do almoço, depois voltamos e comemos mais peixe. A tarde choveu, de modo que eu e Tyler ficamos jogando alguns jogos que encontramos lá, e vendo alguns filmes.
Talvez houvesse uma chance de Tyler me amar e quebrar a maldição.
Sorri com a ideia.

sábado, 30 de julho de 2011

Monster - Capítulo 18 - Parte III

– Vamos ver o amanhecer? – convidou.
– Se você aguentar acordado... – brinquei. Então voltamos e sentamos na areia, tomando bastante café e nos cobrindo com mais cobertores enquanto esperávamos o tempo passar.
– Obrigado. – ele disse em certo momento.
– Por? – fiquei confusa.
– Por me trazer aqui. Por me fazer ver que a vida ainda pode ser divertida. Sabe, antes de vir para cá eu sofria muito, e não era feliz.
Lembrei-me da primeira vez que o vi no espelho, da forma horrível que a mãe dele o bateu.
– ... E eu sempre tinha que ficar indo atrás da minha mãe, nunca tinha tempo para as coisas que eu gostava. Posso contar um segredo?
Assenti com a cabeça.
– Minha mãe costumava bater em mim. – sua voz estava plena, calma. Mas eu sabia que por dentro aquilo estava doendo.
– Eu sinto muito; – falei, já que não podia falar “eu sei.”
– Me deixe continuar. – pediu. –... E tudo isso era muito cansativo. Minha mãe se perdeu depois que meu pai foi embora e eu acabei tendo que cuidar dela. Mas vindo para cá, ficando preso aqui, eu me livrei da preocupação e de obrigações que não eram minhas. Obrigado. – Tyler sorriu, por fim.
– Obrigada a você também. – falei. – Todo mundo que eu... Que eu conhecia e amava, todo mundo em quem eu confiava me abandonou. Obrigada por estar aqui.
Eu não quero te perder. – completei, mentalmente.
– Eu não vou abandonar você, Leah. – Tyler disse sério, confiante. Eu acreditava nele.
De repente, senti sua mão procurar a minha por baixo dos cobertores. Ele colocou a mão em cima da minha e eu quase achei que fora por engano, a não ser o fato de que ele me olhou e sorriu.
O dia começava a clarear.
[Continua...]

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Monster - Capítulo 18 - Parte II

Cinco segundos depois a magia foi quebrada com Tyler se jogando na areia ao meu lado. Podíamos ouvir perfeitamente o barulho do mar calmo ao longe.
– Onde meu óculos está? – perguntou quando nós dois finalmente paramos de rir.
– Com sorte, eu peguei ele a tempo, ou você ia ter sentado em cima. – ri e lhe entreguei seu óculos.
– Se você não tivesse pegado meu óculos isso não teria acontecido. – resmungou, mas eu sabia que ele estava brincando.
– Se você não tivesse se jogado em mim isso não teria acontecido. – corrigi.
– Se você não tivesse corrido eu não precisaria me jogar.
– Se eu não tivesse corrido você não me deixaria pegar o seu óculos.
– Se você não tivesse pegado meu óculos eu não estaria morrendo de frio.
– Se eu não tivesse pegado seu óculos você ainda estaria no carro.
– Ainda estou morrendo de frio.
– Besta! – dei um soco de leve em seu ombro. Tyler me ajudou a levantar e então fomos para dentro nos aquecer.
Eram por volta das cinco da tarde quando Tyler entrou em meu quarto e interrompeu minha leitura.
– Vamos sair. – declarou. Ele segurava dois cobertores embaixo dos braços.
– Nesse frio? – gemi.
– Você me trouxe para cá, aguente.
Tyler jogou um dos cobertores na minha direção.
– Tudo bem. Mas aonde vamos?
– Vem! – me puxou pela mão para que eu levantasse da cama e o seguisse. Andei atrás dele por todo o caminho para fora e vi dois panos e duas canecas com café posicionadas ali. Ele acenou para que eu sentasse e sentou ao meu lado, enrolado no cobertor.
Só então entendi o que ele queria que víssemos: o por do sol.
– Não é lindo? – perguntou, olhando atentamente o sol desaparecer no horizonte como se mergulhasse no mar.
– É fantástico. – concordei, vendo o céu ficando rosa e lilás em alguns pontos.
Ficamos em silêncio até que o sol se pôs.
– Vamos entrar? – perguntei, desejando ficar mais tempo ali com ele apesar do frio.
– Um... Dois... – contou, olhando para o céu. Ele estava contando as estrelas que iam aparecendo.
– Três, quatro... Cinco, seis, sete... – ajudei. Eu estava tão perto que sentia o calor emanando do seu corpo.
– Oito, nove, dez... Onze, doze, treze, quatorze...
Contamos as estrelas até elas salpicarem todo o céu e ser impossível de contar. Chamamos Maria e Noel e fizemos uma fogueira ali, jantando peixe frito a beira do mar. Depois, andamos em quase a praia toda.
[Continua...]

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Monster - Capítulo 18 - Parte I

Esse capítulo é tão romântico, fofo e cute cute da mamãe que eu não resisti e vou postar uma parte pra vocês, agora. Mas não se acostumem, viu? Sugiro que pra esse capítulo escutem as músicas Head Over Heels e My Love que estão na nossa playlist, clique aqui. Eu pelo menos adoro ler ouvindo música. Amanhã tem a continuação!
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Capítulo 18
 (Dois Meses)

– Você quer ir á praia? – Perguntei para Tyler no almoço.
– Estamos no inverno, Leah. – Noel comentou.
– Eu sei. Mas minha mãe tem uma casa na praia, então eu pensei... – comecei.
– Leah, a água vai estar congelada. – Tyler resmungou, garfando um pedaço de frango e o levando á boca.
– É a única época do ano em que eu posso ir. – suspirei, porque era a triste verdade.
– Ninguém vai nessa época, o que significa que ela pode sair durante o dia. – Maria sorriu para mim, me apoiando. – Eu gosto da ideia.
– Bem, não é obrigatório entrar na água. – Noel ponderou, balançando a cabeça e começando a entender que não era uma simples visita á casa de praia de mamãe. Fazia parte do meu plano para fazer Tyler se apaixonar por mim. Afinal, eu só tinha dois meses.
– Parece... Legal. – Tyler concordou. Sorri, triunfante.
Dentro de três horas, estávamos na casa de praia – isolada – de mamãe, a qual eu não visitava desde meus quatro anos.
A casa era bem localizada á beira da praia, um chalé de quatro andares.
– Tyler? – sussurrei. Tyler dormiu a viagem inteira, e eu fiquei vendo-o dormir, como fazia algumas vezes com o espelho. Ele abriu os olhos vagarosamente e sorriu para mim. O motorista parou. Tyler se espreguiçou e se encolheu.
– Cara, que frio!
Abri a porta e saí, fechando meu casaco e sentindo o cheiro da maresia. Contornei o carro e abri a porta do lado de Tyler.
– Vem logo, dorminhoco! – ri, zombando.
– Eu não, está frio.
Se ele não saia por bem, ia sair por mal.
Peguei seu óculos e saí correndo.
– Ei! Volta aqui!
Meus sapatos afundavam na areia, mas pelo menos eu tinha feito Tyler sair do carro.
– Peguei! – ele berrou, rindo, e se jogou em cima de mim.
Caímos os dois deitados na areia, o corpo de Tyler fazendo peso em cima do meu, seu rosto á centímetros de mim.
Ficamos ali parados apenas esperando o próximo passo do outro – eu esperando que ele me beijasse – e sentindo o hálito quente um do outro nas bochechas.
Tyler não tirou os olhos dos meus.[Continua....]

Monster - Capítulo 17 - Parte II

– Eu sinto falta das pessoas. – comentei. – De poder sair sem me preocupar. É a primeira vez que eu saio. – a não ser para aquela festa de halloween.
Me senti uma criança falando daquela forma.
– Porque você nunca saiu antes? Quer dizer, de noite, quando não tem ninguém. – ele enfiou as mãos no casaco depois de cobrir a cabeça com o capuz. Ficamos parecendo dois delinqüentes andando na madrugada.
– Por que... Porque eu não tinha motivação. – decidi ser o mais sincera possível com ele, se queria que ele me amasse. E eu só tinha mais três meses.
– E agora, qual é a sua motivação? – perguntou, virando-se para me olhar. Meus tênis faziam um barulho reconfortante e a noite estava fresca, agradável.
Você.
– Eu não sei... É que bem, antigamente eu só gostava de comprar roupas e isso fica meio impossível de qualquer forma. Mas agora eu gosto de CDs, filmes, livros. – virei-me para ele e sorri. – e é culpa sua isso.
Você é minha motivação.
– Então agora eu posso comprar alguma coisa mais fácil. – continuei, tentando calar meus pensamentos.
– É... – silêncio. – Ei, você quer café? – Tyler perguntou e paramos em frente á um Starbucks.
– Pode ser. – virei-me para pegar o dinheiro, mas Tyler me impediu, colocando a mão sobre a minha e me parando. Meu coração disparou e tenho certeza de que fiquei vermelha.
– Leah, francamente. Espere aí. – ele entrou na loja e voltou logo depois com dois copões de isopor com café quente. – Tome.
Peguei meu copo e beberiquei o delicioso café.
– Obrigada.
Voltamos a andar a passos calmos, ouvindo nossos passos e a respiração um do outro.
– E minha outra motivação é que eu não estou sozinha agora.
Olhei bem para Tyler para que ele soubesse que era dele que eu falava.
Uma senhora estava andando na rua apressada, quase nos alcançando. Tyler se prostou na minha frente assim que eu abaixei a cabeça, fugindo do olhar da mulher. Assim que ela passou, Tyler voltou para o meu lado.
– Obrigada. – sussurrei.
– De nada. – suspirei, esperando que ele falasse algo mais. E quando eu desisti de esperar, ele falou: – Deve ser difícil para você ter que ficar se escondendo o tempo todo.
– É deprimente. – confessei.
Justo eu, a garota que mais gostava de aparecer na escola, tendo que me esconder pelos cantos. Na verdade, foi bem feito.
Se não fosse pela minha antiga estupidez, eu jamais teria sido amaldiçoada.
E jamais teria conhecido Tyler dessa forma. – acrescentei.
Andamos por cerca de uma hora e meia depois voltamos para casa.
– Acho que temos que entrar de fininho. – sussurrei. – A porta está trancada.
– A janela...? – sugeriu, sorrindo zombeteiramente lindo.
Eu estava completamente apaixonada por Tyler, isso eu tinha certeza.
Como dois fugitivos, entramos pela janela da sala de estar – a única que estava aberta – e andamos na ponta dos pés na escada. Tyler me acompanhou até a porta do meu quarto.
– Obrigado pelo passeio. – ele parou na soleira da porta.
Seria muito estranho se eu perguntasse se ele gostaria de entrar e ficar?
Sim, seria.
– Obrigada você. Boa noite. – sussurrei e o vi subir as escadas em silêncio.
Me peguei pensando que a noite só seria mais perfeita se ele tivesse me beijado antes de ir para o seu quarto.
Me joguei na cama, sorrindo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Monster - Capítulo 17 - Parte I

Capítulo 17

Passei as últimas duas semanas dedicada á carta, aos filmes e as aulas com Tyler, mostrando o melhor lado de mim.
Agora eu já não conseguia viver sem ele.
Eu o amava e precisava dele como eu precisava de ar.
Esta noite estava um pouco mais quente que as anteriores, então decidi que iríamos sair, nós dois. O único problema era o horário, porque se saíssemos cedo as pessoas me veriam.
Eram duas da manhã.
Vesti meu casaco e meu tênis e bati na porta do quarto de Tyler.
Ele abriu a porta, confuso.
– Leah? Tudo bem?
Olhei-o, preocupada que estivesse dormindo. Mas estava de roupa, seu óculos ajeitado no rosto e seu cabelo arrumado.
– Posso te levar para um passeio? – perguntei, mordendo o lábio inferior.
–Ahn... São duas da manhã. – comentou, como se eu não soubesse.
– Exatamente. É à hora segura para a aberração sair de casa. – apontei para mim mesma.
– Ah claro. Num minuto.
Tyler entrou e pegou seu casaco e sua carteira.
Saímos de fininho já que todos estavam dormindo para o ar gelado da noite.
As ruas estavam vazias, como eu imaginava. Quase lugar nenhum estava aberto. Andamos lado a lado, somente ouvindo a respiração um do outro.
[Continua...]

terça-feira, 26 de julho de 2011

Monster - Capítulo 16 - Parte III

Finalmente eu posto na hora né? Aguardem revelações nesse pedaço do capítulo!
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Ele sorriu e meu coração bateu mais forte. Seu sorriso era lindo. Na verdade, ele era lindo, do modo dele. Era perfeito com todos os defeitos.
Lembrei-me de como minha pele formigou quando ele me tocou.
De como eu me sentia bem junto com ele e mal sem.
De quanto os olhos dele elas fundos, como se eu pudesse navegar neles infinitamente.
Ruborizei, olhando para Tyler e sabendo a verdade que estava escondida: Eu o amava.
– Você fala com tanta precisão, parece que sabe como é. Você está apaixonado, Tyler? – não pude deixar de sorrir, pensando que talvez, um mísero talvez ele tivesse visto algo em mim por trás do monstro e que ele me amasse também.
– Eu não sei... Quer dizer, tinha uma garota na minha antiga escola... – ele ruborizou.
– Quem? – não era eu. É claro que não.
Ele virou-se na cadeira e abriu uma foto no computador.
– Ela. Valerie. – apontou para a tela. Valerie?
A ouvir o meu antigo nome, levantei-me e fui olhar a foto.
Engoli em seco, vendo uma foto minha no Baile Anual de Inverno.
– Você... Você se apaixonou... Por ela? – falei entre dentes. Era eu! Ele tinha se apaixonado por mim! Quero dizer, pelo meu velho eu.
O que ele viu de interessante no velho e fútil eu? Ele não era do tipo de garoto que só reparava no corpo das garotas.
– Qual é o problema? – perguntou, confuso.
– Nada, só... Ela parece meio idiota, não sei.
– É, mais ou menos. Ela gostava de humilhar as pessoas e isso era ruim. E claro, ela me desprezava porque eu sou nerd e ela era popular. Mas eu não sei, tinha algo nela. Algo bom, sabe? Eu sei que no fundo ela era uma pessoa boa.
Duvidava disso, de que eu tinha algo bom e mim naquela época. Mas porque se ele se apaixonou por mim antes, não podia se apaixonar pelo novo e bom eu?
– O que aconteceu? – perguntei, sabendo a resposta.
– Ela entrou em uma clínica de reabilitação e depois foi morar com o pai na Suíça. – suspirou.
– Então você se apaixonou por ela.
– Bem, sim. Mas...
O que ele viu em mim antes que não via agora?
– Vamos tomar nosso chá. – acabei o assunto logo, antes que eu falasse o que não devia, como que eu era Valerie. Puxei-o pela mão até a sala para vermos O Efeito Borboleta e tomarmos chá.
– Bom filme. – Tyler sentou-se ao meu lado.
Eu te amo, pensei.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Monster - Capítulo 16 - Parte II

Parei, guardando a carta para terminar mais tarde.
Tyler estava demorando. Levantei, planejando ir chamá-lo.
O que escrevi era verdade. Acho que estava me apaixonando por ele.
Quando encostei meu punho na porta, ela abriu uma brecha. Entrei, lentamente.
Tyler estava sentado na frente do computador.
–Tyler? – chamei, olhando por sobre seu ombro a tela do computador. Ele fechou rápido a janela do MSN que piscava, mas ainda assim consegui ler a mensagem:

ACHO QUE SEI UMA FORMA DE VOCÊ FUGIR.
Olhei para o chão, me sentindo mal por ter entrado. Então, ele queria fugir. Mesmo nos tornando amigos, ele ainda queria fugir.
– Me desculpe, eu estava descendo e meu amigo me chamou... – ele girou a cadeira para mim. Não respondi.
– Leah?
É claro que ele queria fugir. Quem iria querer ficar preso numa casa com uma monstra como eu?
Suspirei.
– Tyler? Você e seus livros podem me ajudar com uma pesquisa? – perguntei sem nem ao certo saber do que se tratava o assunto.
– Sim, eu acho. – ele franziu a testa, confuso.
– Hipoteticamente falando, digamos que uma pessoa seja muito má, e que um dia uma bruxa amaldiçoe essa pessoa, a transforme num monstro. A maldição só será desfeita e alguém se apaixonar pelo monstro. – não acreditei que estava falando aquilo, mas agora que tinha começado, precisava continuar. – Hipoteticamente, o que o monstro deveria fazer?
– A Bela e a Fera, Leah? Sério? – respondeu, cético. – Bem, hipoteticamente falando, o monstro deveria tentar conhecer alguém. Mas bem, usando a Bela e a Fera como exemplo, digamos que nosso colega hipotético já conheça alguém. – sentei-me na poltrona, ouvindo como ele parecia um professor dando uma aula séria. – Então ele deveria se aproximar da pessoa e ser amigo dela. Com certeza ele se apaixonaria, e se ele se mostrasse legal, a pessoa se apaixonaria por ele também.
– Como é estar apaixonado? Como é amar alguém? – perguntei, porque de verdade eu não sabia. Nunca tinha amado alguém, não de verdade.
Eu não sabia ao certo como era.
– Quando você está apaixonado, tudo muda. Quando você olha para ela seu coração bate mais forte, suas mãos começam a suar e você fica nervoso. Cada coisa que ela faz é linda e os defeitos são insignificantes perto das qualidades. Quando você pensa nela, todos os seus pensamentos ficam fora de ordem e você sorri como um idiota. Quando ela passa, você sente o cheiro dela a milhões de quilômetros e não existe cheiro melhor. Quando você olha nos olhos dela você sente como se pudesse viajar neles por quilômetros e quilômetros e não chegar a lugar nenhum. Quando você toca é quente, suave e seus dedos formigam. Quando ela está longe você se sente mal e não consegue parar de pensar nela. Você a quer por perto de qualquer jeito. E quando ela está sofrendo você sofre junto e quer abraçá-la, confortá-la e dizer que tudo ficará bem. – Tyler estava perdido em pensamentos. Ele saiu do transe e olhou para mim, seus olhos castanhos brilhando.
[Continua...]

Monster - Capítulo 16 - Parte I

GENTE ME DESCULPA EU REALMENTE TO FUDIDA. EU ESQUECI DE DIGITAR O CAPÍTULO DE HOJE.
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Capítulo 16
(Valerie) (Três meses)

As estações mudaram. O verão se foi e o outono chegou. Mas não foram somente as estações que mudaram, eu e Tyler mudamos. Estávamos juntos quase o tempo todo agora. Pela parte da manhã, estudávamos. Depois almoçávamos e ficávamos na sala de estar vendo filmes, lendo ou conversando, coisa que também fazíamos depois da janta. Passávamos nosso tempo livre no jardim e na estufa também.
Maria estava preparando chá, Tyler estava escolhendo o filme/livro de hoje e eu tinha subido para trocar a roupa por algo mais quente.
Eu queria dar algo a Tyler, algo que ele fosse gostar. Mas não sabia o que. Ele já tinha todos os livros, filmes e CDs que gostava. Ele podia pegar a flor que fosse e levá-la para o seu quarto. Ele podia visitar o jardim.
Então lembrei-me daquela primeira noite em que ficamos sentados na frente da lareira e lemos Frankenstein, e eu acabei dormindo. Lembrei da nossa conversa sobre cartas.
“Eu adoraria receber uma.” – foi o comentário dele.
Uma carta! Eu poderia escrever uma carta para ele!
Parecia uma boa ideia, mesmo eu nunca tendo escrito uma carta.
Peguei papel e caneta e comecei a escrever, inspirada.

Querido Tyler,

Você já recebeu uma carta? Até onde me lembro, eu nunca. O que é uma real pena, na verdade.
O mundo está cada vez mais moderno, esquecendo das coisas como cartas, romance. É muito difícil hoje em dia ver aquele romance saído dos filmes ou livros que eu aprendi a gostar. Hoje em dia ninguém mais manda flores, manda SMS.
Mas decidi mudar um pouco isso e lhe escrever uma carta desse tipo, saída dos livros, á mão.
Especialmente porque sei que corro um enorme risco: de estar me apaixonando por você.
[Continua...]

domingo, 24 de julho de 2011

Monster - Capítulo 15

Desculpa gente, eu esqueci de programar o capítulo de hoje, mas aqui tá ele! Boa leitura.
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Capítulo 15
(Tyler)

Depois da janta, Maria serviu um chá para mim e Leah em uma outra sala, menor. Lá fora chovia horrores, uma tremenda tempestade que trouxe uma frente fria forte em pleno verão. Forte o suficiente para que a lareira fosse ligada.
Leah e eu estávamos sentados no chão, envoltos em nossas mantas e tomando nossos chás, entretidos em uma animada conversa sobre o meu assunto favorito: livros.
– Então, quantos livros você já leu? – perguntei, vendo seu sorriso sob a luz alaranjada do fogo.
– Hum... Eu não me lembro qual foi o último. Faz muito tempo.
– Você não gosta de ler. – soou mais como uma pergunta, mas era uma constatação.
– Não, eu gosto de ler. Só que faz tempo que eu não leio nada, então não sei ao certo o que escolher.
– Bem... – pensei um pouco, pensando no livro ideal para ela. – Tem romance, como Crepúsculo, mais ação como Harry Potter, um mais sombrio como O Fantasma da Ópera...
– O Fantasma da Ópera? – perguntou, interessada.
– É a história de um homem que tem o rosto desfigurado e que se esconde nos subsolos da ópera de Paris. E ele se apaixona pela cantora...
– Parece bom. – ela tomou um gole do seu chá, devagar.
– Tem um filme de 2004, mas é meio ridículo. É uma adaptação do livro, uma bem besta. – na minha opinião eles fizeram com que o Fantasma parecesse uma vítima sofrida invés de um assassino psicopata.
– Filme?
– É – pensei um pouco. – Tem o DVD e o livro lá em cima, a gente pode ver se você quiser.
– Pode ser. – ela sorriu.
– Um momento.
Fui até o quarto e quando desci havia mais chá em nossas xícaras e a televisão estava ligada. Joguei o livro na sua direção e coloquei o DVD no aparelho.
– Prepare-se para o ridículo. – ri. Ela riu comigo. O filme começou.
Enquanto o filme passava, observei Leah pelo canto dos olhos. Ela sorria. Suas cicatrizes não pareciam tão sombrias na luz do fogo.
Ainda sentia o impulso de abraçá-la e confortá-la. Ela era meio como eu. Fora abandonada pelos pais.
Quando o filme acabou, mostrei a ela o livro que estava lendo: Frankenstein.
– Posso ver? – Leah perguntou, estendendo a mão para mim. Entreguei o livro a ela.
– Tem cartas no começo da história. – apontei.
– Eu nunca recebi uma carta. – ela suspirou, lendo alguns trechos das cartas em voz baixa.
– Eu adoraria receber uma. – confessei, pensando no meu pai. Ele poderia escrever de vez em quanto.
– “Não tenho um amigo, Margaret.” – leu em voz alta, olhando para mim. – “Quando eu estiver tomado pelo entusiasmo do sucesso, não terei ninguém com quem compartilhar a minha alegria; se me assedia a decepção, não haverá ninguém para me amparar em meu desalento.” – Leah sorriu.
Peguei o livro da sua mão e recitei, olhando em seus olhos:
– “Decerto confiarei meus pensamentos ao papel; mas esse é um meio insatisfatório para comunicar a emoção.” – empurrei o livro para ela.
– Não vale, você leu menos! – Leah riu. O som era interessante e acalentava meu coração, fazendo a vontade de confortá-la diminuir.
– Tudo bem. – inspirei fundo. – “Anseio pela companhia de alguém que possa partilhá-la comigo, cujo olhos respondam aos meus.
Parei e olhei nos olhos dela, vendo como Leah parecia bem melhor do que no dia em que nos conhecemos.
– Você gostava de ir a escola? – ela perguntou, tomando o livro das minhas mãos.
– Bastante. – a escola costumava ser o meu refúgio.
Ela pensou um pouco.
– Noel pode dar aulas para nós. Ele veio aqui para isso, afinal.
– Amanhã? – sorri, gostando da ideia já que eu não podia sair dali.
– Amanhã. – fez uma pausa e voltou ao livro. – “Você pode me julgar romântico, minha cara irmã, mas...
As horas foram passando rápido, Leah e eu nos revezando na leitura de Frankenstein desde o inicio. Já tínhamos passado do meio do livro. Nunca tinha feito algo mais agradável do que aquilo: estar enroscado em um cobertor com o fogo da lareira me aquecendo, lendo.
E nunca fizera isso com uma garota.
– “Assim que ele terminou, o rapaz começou não a tocar, mas a imitir sons que eram monótonos, e não se assemelhavam nem à harmonia do instrumento do velho nem ao canto dos pássaros; depois saberia que ele estava lendo em voz alta, mas então eu nada sabia da ciência das palavras ou das...” – interrompi a leitura. Leah se mexeu, ao meu lado, e deitou a cabeça no meu ombro. Ela se aconchegou, abraçando meu braço. Olhei atentamente, confuso.
Ela tinha pegado no sono.
Fechei o livro e levantei com cuidado, pegando Leah no meu colo e levando-a para o quarto.
Dormindo nos meus braços, ela parecia um anjo, mesmo com o rosto estranho e cheio de cicatrizes. Leah sorriu, inconsciente. Afastei a franja do seu rosto e contemplei seu sorriso.
– Tyler? – ela abriu somente um olho enquanto subíamos as escadas até o terceiro andar.
– Shh... Durma. – pedi. – ela fechou os olhos.
Abri a porta do seu quarto com o corpo e a deitei na cama. Seu espelho da penteadeira estava todo trancado, talvez de propósito.
Puxei a coberta sobre seus ombros e me afastei.
Antes de fechar a porta, notei algo.
Era a primeira vez que eu não sentia o ímpeto de parar sua dor. Eu sentia como se não tivesse dor.

sábado, 23 de julho de 2011

Monster - Capítulo 14

Todo mundo ainda morto com o trailer? Vamos ler um pouquinho?
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Capítulo 14

Empurrei a carne de um lado para o outro do prato, mais com sono do que com fome.
Passei a noite inteira acordada esperando Tyler querer comer algo. Mas ele não comeu. Nem tomou café da manhã, ou almoço.
Depois do almoço, me retirei para o meu quarto, desistindo de esperar. Ela não viria.
Por ter ficado acordada, estava com bastante sono. A janta não queria passar pela minha garganta.
“Monstro” – repeti para mim mesma na minha cabeça.
– Eu cheguei tarde demais para acompanhar vocês?
Três cabeças se viraram para o corredor, vendo um Tyler tímido e sorridente parado no arco da porta.
– Você quer comer com a gente? – engasguei, não acreditando.
– Sim. – ele sorriu para mim, sabendo que eu ficaria feliz se ele viesse jantar conosco.
Eu não acreditava.
Ele tinha voltado, e estava ali, parado na minha frente. Sorrindo para mim e olhando dentro dos meus olhos. O que queria dizer...
Que ele não tinha medo de mim, afinal.
Maria levantou e foi buscar um prato para Tyler. Ele trocou o peso do corpo de uma perna para a outra. Tyler usava All Star preto – iguais aos meus, não deixei de notar –, calça jeans e uma camiseta preta que caía perfeitamente nos ombros morenos e que combinava com a cor do cabelo e dos olhos. Seu óculos quadrado de aro azul marinho estava meio sujo.
Tyler se sentou e comeu conosco. E toda vez que eu olhava para ele e nossos olhares se cruzavam ele sorria. Não tinha percebido que quando ele sorria, uma covinha aparecia no canto esquerdo da bochecha, uma covinha fofa.
Até que ele era bonitinho.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Análise do Trailer de Monster - Primeira Parte



Falando aqui diretamente da UTI, sabe gente? To morrendo depois do trailer. O QUE VOCÊS ACHARAM?
Eu que fiz, amei! E posso dizer que esse trailer tem muitos spoilers, revelações sobre o que ainda está por vir na história. Então, vamos analisar o trailer trecho por trecho e ver o que a gente já conhece, o que está por vir e talvez alguma imagem que a gente não reparou? Bora lá!

ESSE POST CONTÉM SPOILERS SOBRE O LIVRO MONSTER

Parte 1: Antes do Baile

1. Tela Verde
Essa tela sempre está presente nos trailers de filmes de verdade, então coloquei pra dar um ar mais profissional.

2. Cidade
Uma tomada aérea (também muito comum nos trailers de filmes) com uma grande cidade, simbolizando Nova Iorque, a cidade onde se passa a história.

3. Valerie Andando
Nossa primeira olhada na Valy mostra ela andando com firmeza.

4. Loja com Botas e Roupas
Valerie era popular, portanto se vestia bem e se preocupava com a vestimenta assim como qualquer patricinha.

5. O Rosto de Valerie
A imagem mostra Valy toda confiante, sorridente e poderosa como no primeiro capítulo de Monster.

6. Características
Vemos no trailer três palavras que definem a Valerie de antes da transformação: Atraente, Rica e Arrogante.

Parte 2: A maldição

1. O Baile - Imagem 1
Vemos os alunos de Portle High School dançando animadamente, entrando no capítulo 1.

2. Honor
Temos um belo sorriso do namorado de Valy, Honor dando as caras no baile.

3. Narração
Uma breve narração do que acontece no baile

4. O Baile - Imagem 2
Mais uma imagem do baile, dessa vez uma dança que simboliza a ultima dança do baile, entre Honor e Valerie.

5. Os Passos de Trace
O-ou, as coisas vão começar a dar errado. Vemos Trace (ou um pedaço dela) andando calmamente para fazer justiça.

6. Narração - 2
Para que desse para entender melhor o próprio trailer, coloquei essa narração porque como eu não sei mexer bem com esses programas de vídeo, não consegui fazer o rosto da Lucy Hale ficar deformado como o da Valerie a partir do capítulo 3

7. A Maldição - 1
Trace colocando o feitiço na Valerie (em tese, já que se repararmos bem a outra pessoa na foto é um homem): "Você tem um ano para achar alguém que ame você"

8. A Planta no Pulso
Como não achei uma rosa, usei essa imagem para simbolizar.

9. A Maldição - 2
A frase de impacto de Trace: "... Ou ficará assim para sempre"

Parte 3: Mudança

1. Dia/ Noite
Imagem que mostra o dia virando noite em Nova Iorque

2. Valerie No Carro
Valerie não muito feliz, a caminho da nova casa.

3. Viagem para Nova Casa
Vemos o carro passando pela estrada.

Parte 4: Monstro

1. Espelhos
Valerie vendo seu rosto monstruoso no espelho

2. Valerie Derrubando Coisas
A cena mostra coisas (comida na verdade) caindo no chão. Ligada essa cena á anterior, demonstra que Valerie se assustou com seu rosto.

3. Assustada
Vemos o rosto de Valerie assustada, com medo.

4. Valerie Abafando o Grito
Aqui, vemos uma cena tristinha de Valy num lugar escuro, abafando o grito e o choro com uma camisa

5. Choro
Mais cenas de Valy sofrendo pela sua monstruosidade.

6. Presa em casa
Valerie olhando o mundo pela janela, impossibilitada de sair, sem nada para fazer.

Parte 5: O tempo Passa

1. Narração/ Relógio
Narração e imagem indicando o tempo passando

2. Sentada na Janela
Valy na janela, conferindo o anuário

3. Folha Caindo/ Na Cama
Imagem de uma folha caindo mesclada com Valy em várias possições na cama.

4. A estufa
Valy dando uma olhada no seu trabalho na estufa

5. Narração
Uma breve explicação de porque Valerie deixou o tempo passar: "Afinal, quem poderia amar um monstro?"

6. Festa a Fantasia
Vemos uma movimentação, cheia de pessoas fantasiadas. A festa onde Valy tenta achar aquele que quebrará a maldição.

7. Mais Janela
Valy vendo o mundo lá fora, totalmente sem esperanças.

SEGUNDA PARTE EM BREVE.

Vejam de novo, de novo, de novo e mais uma vez o trailer aqui.
Nessa primeira parte, acharam alguma cena que passou despercebida?

A Surpresa: Monster - TRAILER

Finalmente, chegou a hora da surpresa. Agora antes de verem é melhor respirarem fundo, tomarem uma água, já irem ligando pra ambulância, sentarem no sofá e catarem a bombinha de ar! Até eu que fiz a surpresa to tremendo aqui, quase chorei.
Para vocês - Especialmente pra minha fã número 1 Palloma - O trailer de Monster:



Todo mundo morto aí?
Quero a opinião hein!!!!! Demorei dois dias pra fazer.

Uma olhada na "Surpresa 1"

Oi gente! Todo mundo babando litros com Tylerie e a nossa história? E todo mundo ancioso pra saber qual é essa surpresa???
Já que eu não sou maldosa nem nada (magina) e não gosto de deixar vocês mais anciosos ainda [sarcasmo mode on], trago pra vocês conferirem um Print dessa surpresa que particularmente eu achei demais!
Clique duas vezes pra ver bem grandão!


E agora, todo mundo sabe o que eu tô preparando?? Tirem suas conclusões e comentem!
PS: Já tá pronto, mas... Eu posto a surpresa hoje ou amanhã?
PS.2: Os fortes vão ver Tylerie aí em algum lugar...

Monster - Capítulo 13

Todos mortos com o capítulo de ontem?? Bem, hoje temos mais um capítulo dessa vez contado no ponto de vista da Valy! Não esqueçam de votar na enquete ali do lado viu? Ela é importante pra uma das DUAS surpresas que eu to preparando.
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Capítulo 13
(Valerie) (Quatro Meses)

Tyler me deixou sozinha na estufa, as lágrimas se formando em meus olhos. Eu não devia ter começado a falar como uma louca depressiva. Deveria ter aproveitado o fato de que ele não fugiu imediatamente ao ver meu rosto.
Mas fugiu, de qualquer jeito.
Quando Tyler me tocou, foi um momento único.
Primeiro porque ninguém nunca havia me tocado daquele jeito, tão delicado. Segundo porque quando ele me tocou, senti minha pele formigar e meu coração bater acelerado como se fosse voar para fora do peito.
Havia algo nele. Algo que ele fez que me fez ter vontade de pular de alegria.
Ele não correu quando viu meu rosto, discordou quando eu disse que era horrível e monstruoso. Ele disse que era somente diferente. Ele não teve medo, – pelo contrário – ele veio até mim e me tocou.
E em todo o tempo de duração da nossa breve conversa, ele olhou dentro dos meus olhos. Não desviou o olhar, não virou o rosto. E não havia pena, nem medo nos olhos dele.
Mas eu o tinha assustado em alguma parte da conversa. Ou ele estava simplesmente sendo educado ao não dar as costas e sair correndo, então aguentou o máximo que pode.
Mas eu sabia que o tinha assustado, porque – embora eu o tenha convidado – ele não apareceu para jantar, tampouco saiu do quarto.
– Eu falei que iria assustá-lo. – Lamentei para Maria e Noel enquanto os ajudava a tirar a mesa. Os dois também esperaram que Tyler descesse. Esperamos por uma hora e durante todo o jantar havia um prato para ele lá. Encarei o prato vazio.
– Deixe ele... – Maria pensou um pouco. –... Processar a impressão que ele teve de você.
Mais tarde, tomamos os três um chá na sala de jantar, pensando que talvez ele tivesse perdido a hora.
Mas ele não desceu também.
– Será que ele não ficou com fome? – Noel perguntou, solidário.
– Se ele quiser comida, que venha aqui buscar. – insisti.
O prato vazio dele continuou lá a sua espera.
Quase onze da noite Maria apagou a luz e me deu boa noite.
– Você vai mesmo ficar aí? – perguntou.
– Quem sabe ele desça.
Plantei-me na cadeira de frente á do lugar separado para ele e continuei a fitar o prato no escuro, esperando por um assalto a geladeira para um famoso lanchinho a meia noite.
Mas ele não desceu á meia noite.
Nem á uma.
Nem ás duas.
Nem em hora nenhuma.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

ENquete: Qual é melhor?

Como eu já disse em alguma postagem aí, estou preparando uma surpresa. Uma não, DUAS. E pra uma delas eu preciso MUITO da opinião de vocês e os fortes já vão entender qual é uma das surpresas!!!!! Votem na enquete aqui do lado em qual ponto de vista vocês preferem, o do Tyler ou da Valerie!

Beijos!

PS: Tylerie é tudo de bom né??

Resultado da Enquete: Qual seu personagem favorito?

De todas as opções mostradas, nosso campião é:

Tyler Benson


Ele é um dos meus favoritos, não consigo escolher entre ele e a Valerie! Tyler ganhou com um ponto de diferença, acabando com o empate. Veja a votação:

Qual seu personagem favorito?
Valerie Cudmont
  2 (66%)
 
Honor Creig
  0 (0%)
Trace Trumn
  2 (66%)
 
Tyler Benson
  3 (100%)
 
Olivia Benson (mãe do Tyler)
  0 (0%)
Jeff
  0 (0%)
Cinthia Cudmont (mãe da Valerie)
  0 (0%)
Dr. Marcus
  0 (0%)
Robert (o motorista)
  0 (0%)
Noel Pierce
  2 (66%)
 
Maria
  2 (66%)
 
Pai do Tyler
  0 (0%)
Pai da Valerie
  0 (0%)


Fiquem ligados na próxima enquete que eu vou postar daqui a pouco, ela é MUITO importante!!!