Tyler, dormindo como um anjo. Acho que pegamos no sono vendo o amanhecer, porque ainda estávamos na praia. Observei-o por alguns minutos, sentindo a brisa gelada da manhã no meu rosto.
– Bom dia. – Tyler sussurrou ao abrir os olhos. Ele olhou ao redor e somente então se tocou. – Nós dormimos! Droga.
– Tudo bem, ainda deu para ver o começo do dia clareando.
Levantamos e tiramos a areia do corpo e do cabelo.
– Sério? – Tyler apontou para algum lugar ao norte da casa. – Cavalos?
Ahn?
Olhei melhor, dobrando meu cobertor e percebi que o que havia ao norte da casa eram dois cavalos, um preto e um branco.
Cavalos?
– Esses cavalos são seus? – perguntou, descrente.
– Não até onde eu saiba. – virei o olhar para a casa na esperança de ver Maria ou Noel sorrindo zombeteiramente, o que denunciaria que eles plantaram os cavalos lá.
– Vamos cavalgar! Você sabe? – Tyler começou a correr pela areia.
– Sei! E você? – berrei, largando os cobertores e correndo atrás dele.
– Eu praticava equitação quando era pequeno. – explicou assim que chegamos perto dos cavalos. Ele estava parado ao lado do branco, então prostrei-me ao lado do preto. – O branco é uma égua e o preto é cavalo.
– Você é entendido mesmo. – elogiei, pensando num nome para o cavalo escuro e sombrio.
– Vou chamá-la de... Bela
– Vou chamá-lo de... Fera. – eu e Tyler falamos ao mesmo tempo e rimos ao perceber que iríamos cavalgar com a Bela e a Fera. Fera pareceu um bom nome para o cavalo negro do focinho até as patas, meio sombrio. Fiz um carinho nele antes de subir nas suas costas. Olhei para Tyler e quase escancarei a boca. Mesmo de jeans e casaco, em cima daquela égua ele parecia um príncipe saído dos contos.
– Vamos? – ele fez um gesto, apontando para frente.
Meu coração disparou ainda mai ao ver Tyler começar a correr com Bela pela praia.
– Você não vem? – perguntou. Só então me toquei de que eu estava lá, parecendo uma boba. – Que foi, esqueceu como anda á cavalo?
– Vamos, Fera! – sussurrei para meu cavalo e começamos a correr. Logo ultrapassei Tyler. – Quem é que esqueceu como andar agora? – gritei, virando-me para trás para enxergar meu príncipe.
Eu te amo. – pensei.
Tyler correu e me ultrapassou, mas eu não deixei barato. Acabamos por apostar corrida e chegamos até o outro lado da praia, no começo da estrada.
– Isso deve ser seu. – Tyler apontou para o mar, para um iate se aproximando da baía.
– Talvez. – apontei para Maria e Noel que se aproximavam, andando pela areia.
– Isso deve ser seu. – Tyler apontou para o mar, para um iate se aproximando da baía.
– Talvez. – apontei para Maria e Noel que se aproximavam, andando pela areia.
– Que tal um passeio de iate? – Noel propôs.
– Posso pilotar? – Tyler desceu das costas de Bela e eu imitei seu movimento.
– Posso pilotar? – Tyler desceu das costas de Bela e eu imitei seu movimento.
– Você? Pilotar? Você sabe, garoto? – Noel brincou, descrente.
– De onde surgiram esses cavalos? – perguntei aos sussurros para Maria. Ela deu de ombros.
– Eles já estavam aí quando eu e Noel acordamos. Um presente de Deus.
– É... Bem, eu posso tentar.
Maria subiu no iate, depois Noel e depois Tyler, que me ajudou a subir.
– Obrigada.
Passeamos de iate até a hora do almoço, depois voltamos e comemos mais peixe. A tarde choveu, de modo que eu e Tyler ficamos jogando alguns jogos que encontramos lá, e vendo alguns filmes.
Talvez houvesse uma chance de Tyler me amar e quebrar a maldição.
Sorri com a ideia.